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Como é viver em um mundo sem comunicação e habilidades sociais

Você já parou para pensar como seria viver em um mundo sem regras, onde ninguém entendesse o outro, onde não existissem cooperação ou colaboração, cada um fizesse por si o que bem entendesse e tentasse sobreviver por seus próprios esforços?

Acreditamos que nem mesmo na época das cavernas isso chegou a acontecer, pois existia um senso comum de que eles precisavam uns dos outros para se protegerem de predadores. Entretanto, hoje não estamos muito distantes, em alguns casos, de nos depararmos com a situação descrita acima.

Nas últimas décadas, os seres humanos têm perdido suas habilidades sociais, conhecidas como soft skills, e infelizmente essa inclusão e participação coletiva vem se desfazendo. O engajamento do ser humano consigo mesmo e com o próximo, seja em sua casa, ambiente escolar ou universitário e em seu trabalho / empreendimento tem diminuído cada vez mais, levando nossa sociedade a um buraco negro que, se não corrigido, brevemente poderá causar danos irreparáveis.

O desenvolvimento das soft skills nos ajuda a ampliar a capacidade de satisfação própria, pois abre as portas para a comunicação com o mundo e é capaz de expandir nosso poder de absorção da diversidade e incorporar habilidades antes desconhecidas por nós mesmos.

Ao nos deixarmos ser vulneráveis e aprendermos a resiliência, nos tornamos plenos, autênticos, tranquilos, criativos e não nos preocupamos com julgamentos alheios. A resiliência ajuda pessoas, empresas e empresários a encarar a dificuldade de uma forma concreta, porém com uma visão no futuro; sem ela, o sonho acaba agora, e ele não pode acabar.

Ser empático faz parte de um mínimo de habilidade possível dentro de um mundo real. É impossível viver com qualquer pessoa sem enxergar o mínimo necessário do entendimento, do ressoar; não dá para ter uma relação com empresas ou empresários que não consigam lidar com dores e necessidades de seus clientes internos e externos. A empatia faz com que nosso cérebro dance uma valsa, um baile ao som da comunicação perfeita, ao entender o que o outro está dizendo ou transmitindo. A sociedade inteira poderia dançar se todos fossem empáticos uns com os outros, viveríamos todos em um grande balé.

Imagine esse grande balé, perfeito, e por que ele acontece? Acontece pois o outro lado agiu com uma escuta empática, ou seja, usou de sua escuta ativa. Infelizmente, se tivermos que pensar em nosso poder de escuta, na grande maioria das vezes mal passamos do primeiro nível, entre os quatro que devemos ter segundo a teoria do U, de Otto Scharmer. Devemos entender que a melhor forma de nos comunicarmos é sabendo escutar, e que outro erro muito grave que cometemos aqui no Brasil é que o tempo todo usamos a palavra ouvir e que, ao fazer isso, realmente estamos assinando que não prestamos atenção no próximo.

Uma sociedade sem comunicação não interage, não coopera, não colabora, não existe. Nem pode assim ter este nome. Empresários, gestores, professores e famílias devem entender que a comunicação é a base de todo o processo para que o funcionamento da engrenagem do mundo funcione e que, na grande maioria, quase 70% dos erros que acontecem no dia a dia de suas, assim por dizer, grandes máquinas, são de comunicação, por falta deste polimento neste motor.

Mas e quanto a ser flexível? No início do texto me refiro a ter regras, pois não é possível uma sociedade sem regras, afinal não estamos em uma anarquia, porém precisamos usar de nossa criatividade para pensarmos em um mundo fora da caixa e abrirmos os olhos para o novo, o inovador, tudo que o ser humano pode fazer e a máquina não. A inteligência artificial está aí e ocupará muitos lugares, mas não será flexível. Só chegamos aqui até hoje pois sempre houve mulheres e homens que abriram sua mente e foram flexíveis o suficiente para ir além da caixa ou até mesmo não tiveram caixa. E você, já saiu da caixa hoje?

Agora, o ponto principal disso tudo: você toma decisões sérias, consegue ser crítico sobre seus atos ou sobre aquilo que escuta, é engajado (e não falo aqui sobre likes em redes sociais, mas com aquilo que faz)?

Ou você é daqueles que se levantam de manhã já pensando na hora em que voltarão para casa? Que finge estar trabalhando, seja para sua própria empresa ou de outro, que finge estar estudando, que finge para você mesmo alguma coisa? Ser engajado é parar de fingir, é assumir um papel principal, que vai muito além do que os outros veem em você, mas ser capaz de enxergar o que você - e só - você precisa ver. E o distanciamento que foi criado entre algumas gerações, que foram ensinadas que eram especiais mas não as ensinou que elas precisavam assumir compromissos, ser engajadas, pacientes, saberem esperar, prestar atenção, saberem pensar, precisa ser coberto através do desenvolvimento dessas soft skills.

Ser engajado faz parte de todo esse processo de construção, e o que escolas, famílias, empresas e empresários precisam entender é que, sem isso, a comunicação não acontecerá e teremos um desequilíbrio incalculável globalmente para nossa e futuras gerações.



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